segunda-feira, 6 de agosto de 2012

CAPÍTULO 18 - TROVOADAS

INTRODUÇÃO
Existem neste momento 2.000 Trovoadas em progresso.
Cerca de 45.000 trovoadas ocorrem todos os dias.
Raios atingem 100 vezes por segundo a superfície terrestre.

DEFINIÇÃO
Conjunto de fenômenos que se produzem associados a uma nuvem cumulonimbus.
Fenômeno meteorológico que constitui num dos maiores riscos para a atividade aérea.

FORMAÇÃO
Quantidade suficiente de vapor de água.
Instabilidade
Correntes Ascendentes

18.1 - ESTÁGIOS
  • CUMULUS
  • MATURIDADE
  • DISSIPAÇÃO
A) CUMULUS
Primeira fase do ciclo de vida.
Predominância das correntes ascendentes desde os níveis inferiores.
Diâmetro: 3 a 8 Km.
Topo: 5 a 8 Km.

B) MATURIDADE
Estagio mais turbulento no ciclo de vida de uma trovoada.
Predominância das correntes ascendentes e descendentes.
  • Ventos fortes
  • Trovões e Relâmpagos
  • Queda brusca de temperatura
  • Aumento rápido da pressão
  • Windshear
  • Precipitação forte
  • Granizo
  • Turbulência
  • Formação de Gelo

C) DISSIPAÇÃO
Predominância das correntes descendentes.
A turbulência torna-se menos intensa.
Os ventos de rajada vão desaparecendo.
Aparece a Bigorna.
Raios na horizontal.

18.2 - TIPOS DE TROVOADA
  • MASSAS DE AR
    • CONVECTIVAS                                                                                                Formam-se por convecção.
      Frequentes durante o dia no Verão sobre a terra e à noite no Inverno sobre o mar.
    • OROGRÁFICAS                                                                                               Formam-se a barlavento de um terreno montanhoso quando o ar úmido e instável é forçado a ascender por sua encosta.
    • ADVECTIVAS                                                                                                        Ocorrem pela advecção do ar frio sobre áreas quentes, quase sempre correntes marítimas.
      São menos comuns e menos intensas de todas.
      Acontecem a noite especialmente nas madrugadas de inverno.

     
  • FRONTAIS ou DINÂMICAS
    • TROVOADA DE FRENTE FRIA                                                                                São as mais violentas, mais perigosas.                                                                     São sempre mais comuns e mais intensas.
    • TROVOADA DE FRENTE QUENTE                                                                         São menos violentas, e nuvens estratiformes envolvem e encobrem o CB.
      São mais estáveis e raramente ocorrem.

    • TROVOADA PRÉ-FRONTAL                                                                                  Surge paralela à frente fria, de 80 a 500 Km na sua dianteira. São violentas.
    • TROVOADA DE FRENTE OCLUSA                                                                  Também envolvida por nuvens estratiformes, apresenta grandes desenvolvimentos na vertical.
18.3 - CONDIÇÕES DE TEMPO ASSOCIADOS A TROVOADA
  • TURBULÊNCIA                                                                                                           Produzida pela combinação de intensas correntes ascendentes e descendentes.
    Mais intensa na parte dianteira do CB, aumentando de baixo para cima até o nível médio da nuvem.

  • GRANIZO                                                                                                                           Encontrado durante o estágio de Maturidade.
    Ocorre acima do nível de 0ºC.
    Identificado pela coloração esverdeada.

  • GELO                                                                                                                                         Gelo Claro entre os níveis 0 ºC e –10 ºC e Gelo Amorfo entre 0ºC e –20ºC.
    Grandes velocidades das aeronaves mais modernas e os sistemas antigelo existentes minimizam os seus resultados.

  • CHUVA
  • RELÂMPAGOS                                                                                                                         Descargas elétricas que ocorrem devido acúmulo de cargas elétricas dentro do CB.
    Temperatura próxima a 30.000ºC.
    Tende a fluir ao longo das partes metálicas.

    Constitui o excesso de energia que não é mais utilizada no crescimento vertical.
    Dianteira: Relâmpago Vertical
    Traseira: Relâmpago Horizontal

  • EFEITOS DOS ALTÍMETRO                                                                                          Devido a grande variação de pressão apresenta erro de indicação para mais (erro de altitude para menos) na entrada e erro de indicação para menos (erro de altitude para mais) na saída.
    Entrada: Indicando mais do que o Real. QNH < QNE
    Saída: Indicando menos do que o Real.  QNH > QNE

  • VENTOS DE SUPERFÍCIE                                                                                                      As rajadas e instabilidade do vento são perigosas para o pouso e decolagem de aeronaves.
18.4 - TÉCNICAS DE VOOVoo praticável nos estágios Cumulus e de Dissipação.
CB isolado circunde-o pela ESQUERDA no HS, mantendo distância de 30 Km da tempestade.
Quando a base da nuvem for alta e o relevo permitir deve-se manter uma altura de 1.000 M das maiores elevações.
Subir a níveis mais elevados (acima do FL300).
Fazer voo manual
Desligar o equipamento de rádio
Aumentar o RPM (Dentro do limite de segurança da aeronave)
Manter o rumo e jamais tentar voltar
Evitar manobras bruscas


Mais exercícios nos links abaixo:

EXERCÍCIOS METEOROLOGIA PP - Capítulo 18 - TROVOADAS


Acesse também:


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